sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Carta ao Ócio

Certa noite pensei
Para onde vou, o que farei?
O mundo? Ah, o mundo gira
Porém, continuo a pensar
Para onde vou, o que farei?

O sertanejo leva a sua vida difícil
Trabalha abaixo de uma bola ardente
Luta pelo alimento dos seus garantidos
Mas, para onde vou, o que farei?

O professor leciona ao seu aprendiz
A água fica por aí vagando pelos rios
Os ponteiros trabalham vinte e quatro horas por dia
O gado vive a pastar
Para onde vou, o que farei?

A Lua vive parada como um poste
Pelo menos, estes dão luz a alguém
A árvore dá frutos
O pardal, a borboleta e até a mosca
Exploram o mundo além terra firme
Mas, para onde vou, o que farei?

Oh céus
Ah, gloriosa terra
Oh, querido mar com seus encantos
Para onde vou, o que farei?

 Guilherme Neto

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